quarta-feira, 1 de julho de 2009

Aprendizagem Cooperativa

Elementos básicos da aprendizagem cooperativa

ü Interdependência positiva:
1.passa e continua
2.recompensas
3.interdependência de recursos
4. interdependência de papeis
ü Interacção face a face
ü Avaliação e responsabilização individual
ü Treino de competências sociais
ü Avaliação do processo

Skills da implementação da aprendizagem cooperativa

Dishon e O´Leary (1984) agrupam os skills necessários para a implementação da aprendizagem cooperativa em quatro níveis:
Skills de formação (dirigidos à organização do grupo, estabelecendo normas para um comportamento apropriado)
Skills de funcionamento (envolvidos na gestão do grupo e na manutenção do esforço de trabalho)
Skills de formulação (necessários para favorecer os processos mentais necessários para um conhecimento aprofundado do material em estudo, estimular o uso de estratégias para um raciocínio de qualidade e assegurar o domínio e a retenção do que se estuda)
Skills de estimulo (a controvérsia é um meio para estimular a reconceptualização do que se estuda, procurar novas vias de conhecimento. O pensamento divergente consegue-se por meio da controvérsia).

Segundo Kagan, os skills que ele considera são um pouco diferentes dos autores a cima enunciados:
1. Skills de tarefas
1.1 Gestão da agenda
1.1.1 Estabelecer uma agenda
1.1.2 Manter-se na agenda
1.1.3 Gerir o tempo
1.1.4 Rever a agenda
1.1.5 Sumariar progressos
1.2 Dar e receber ideias
1.2.1 Estabelecer uma atmosfera aberta
1.2.2 Skills de comunicação
1.2.3 Resolução de conflitos
1.2.4 Construção de boas ideias
2. Skills sociais
2.1 Encorajar e apreciar
2.1.1 Procurar a participação de todos
2.1.2 Apreciar os sentimentos/atitudes de todos
2.1.3 Apreciar as diferenças individuais

2.2 Orientação para avaliação do processo
2.2.1 Verificar
2.2.2 Criar e distribuir papeis do grupo e responsabilidades


Abordagens de treino de skills segundo Kagan

Kagan da grande ênfase ao desenvolvimento de skills sociais. Pois ele profere que é mais proveitoso ajudar os alunos a desenvolverem esses skills do que esperar que eles se desenvolvam à medida que vão trabalhando cooperativamente. Para isso ele enuncia oito abordagens que podem facilitar esse desenvolvimento:
1. reestruturação de tarefas
2. jogos de aceitação
3. treino de comunicação
4. treino de resolução de conflitos
5. jogos de desenvolvimento de skills
6. desenvolvimento de papeis no grupo
7. simulações
8. monitorização e avaliação de processo pelo próprio, pelos colegas e equipa e pelo professor

Avaliação do processo

Certos autores incluindo Dishon e O´Leary consideram que a avaliação do processo é o aspecto da aprendizagem cooperativa que mais profundamente se distingue do trabalho em grupo tradicional. Esta consiste no encerramento das actividades do grupo permitindo uma melhor integração de conhecimentos e de análise da forma como aprenderam, porque aprenderam ou não, e ainda na verificação dos skills sociais apropriados e da forma correcta ou incorrecta desse uso.
Na avaliação dos skills sócias podemos responder as seguintes questões: “Como é que hoje desempenhámos os nossos papeis? Encorajámos os colegas com mais dificuldades na matéria que hoje estudámos? Em que outras situações é necessário dar encorajamento às pessoas? Qual o skill que vamos ter em especial atenção na próxima vez que trabalhamos juntos”.
Nem sempre se pode gastar muito tempo, sendo assim o professor deve preparar instrumentos que ajudem os alunos como, frases para completar, algumas listas de verificação ou escalas de classificação devem ser preparadas pelo professor. Por vezes podem ser respondidas individualmente e só depois em grupo.

Treino de funções do líder

As funções de u líder listado por um grupo de alunos em sessões de treino de liderança aprestadas em Aronson e Patnoe (1997) são:
1. Organização do grupo.
2. Mantém o grupo a trabalhar, recordando quais as tarefas a realizar
3. Ligação entre o professor e o grupo.
4. Mostra entusiasmo pelo trabalho e não diz que realizar determinada tarefa porque o professor mandou.
5. Tem um comportamento exemplar como membro do grupo.
6. Coloca questões para obter informação ou para clarificação e nunca para impressionar o grupo.
7. É paciente e compreensivo.
8. Pede aos elementos dos grupos para realizarem tarefas de forma educada.
9. Ajuda o grupo a lidar com diferentes pontos de vista e desacordo sendo imparcial e ajudando os elementos do grupo a compreenderem-se uns aos outros em vez de os recriminar.
10. Encoraja o feedback sobre o seu papel e sobre como pode ser mais útil.

Importante será dizer k o programa de treino consta de duas partes:
1. Discussão sobre que podem surgir quando se trabalha em grupo com os quais o líder pode ter que se confrontar.
2. Role-playing dos problemas considerados mais importantes pelo grupo.
2.1. Selecção do(s) probelma(s).
2.2. Representação da situação.
2.3. Análise do que se passou e sugestões de alterações.
2.4. Novo role-playing

Nas actividades visando o ensino de conceitos será importante também salientar: o pensamento diversificado, o como pensar/fazer pares/partilhar, o brainstorming, o grupo de discussão e as entrevistas.
Resumo feito por Silvia Dias

RESUMO: Dinâmica de Grupos na Formação de Lideranças

"O ser humano é uma rede, uma porção de buraquinhos amarrados uns aos outros"
O objectivo deste livro é procurar demonstrar um trabalho que tem sido feito para a formação de lideranças. Deste modo, destacam-se neste livro dois aspectos fundamentais a considerar nas dinâmicas de grupo: o papel do formador, nomeadamente a sua proposta de trabalho e o porquê das dinâmicas.
No que respeita ao formador, é essencial que este interfira no processo de aprendizagem dos grupos, funcionando como facilitador, tendo em conta não só a realidade, mas também as emoções dos diferentes elementos do grupo. Cabe ao formador ajudar cada elemento do grupo a interiorizar o conhecimento que já possuí, através de uma relação de troca de conhecimentos, ideias, sonhos e desejos. É também da sua responsabilidade , criar condições para a compreensão e colaboração mútua e a comunicação produtiva, assim como planear situações educativas através de dinâmicas e desenvolver metodologias e critérios pedagógicos específicos para cada grupo, tipo de pessoas e oganização. Assim sendo a proposta do formador será portanto criar uma relação em que cada elemento do grupo posssa colocar-se de forma consciente e crítica diante do mundo, onde a formação nao é mais que uma proposta que procura pela reflexão, atingir o autoconhecimento com o intuito de chegar a um processo de automudança e que envolve um nível teorico e técnico que depende do formador e um último nível que corresponde à experiência e que está dependente do formando.
As dinâmicas de grupo que incluêm o lúdico e o prazer como parte integradora do processo educativo, têm como objectivo proporcionar momentos educativos que permitam ao grupo vivenciar situações inovadoras a todos os níveis. Para isso, é necessário que o clima seja o ideal, que proporcione um grau de relaxamento suficiente de modo a não provocar momentos de tensão dentro do grupo. Estas dinâmicas devem respeitar a vontade dos elementos do grupo de participar ou não na actividade e são utilizadas para vários fins, nomeadamente, para facilitar o relacionamento, a expressão de sentimentos, a confrontação de ideias, estimular os pensamentos analógicos e associativos, caracterizar os tipos de liderança, solucionar conflitos, entre outros mais. Na elaboração de uma actividade educativa com uso de dinâmicas, é importante que o formador já tenha vivenciado as dinâmicas de forma a sentir-se seguro a geri-la posteriormente e que acompanhe o desenrolar da dinâmica, explicando-a e auxiliando o grupo. Para além disto, o formador deve ter em conta as caracteristicas do grupo, as condições operacionais, por exemplo o espaço físico, ter consciência do conteúdo da actividade, por exemplo, os objectivos das diferentes etapas da dinâmica e dar tempo no final de cada dinâmica para que os participantes socializem as emoções, sentimentos, dificuldades e descobertas.
Também na preparação da actividade com recurso a dinâmicas, o formado deve respeitar três momentos específicos, que são, a introdução, onde ocorre a apresentação e a integração do grupo, sendo importante que sejam uilizadas dinâmicas de pouca duração; o desenvolvimento, onde será proposto o tema principal da actividade e onde deverão ser utilizadas dinâmicas que impliquem uma reflexão grupal, sendo mais extensas temporalmente e a conclusão, onde será feita uma síntese final, na qual as dinâmicas utilizadas deverão permitir atitudes avaliativas e de encaminhamento.
Qualquer actividade é importante que seja planeada e pensada, quanto à articulação e planeamento. Desta forma, a base da proposta formativa está situada em quatro conceitos, que influênciam as nossas vidas, as nossas acções. São elas: DESEJO - REALIDADE - PODER - VONTADE.
O desejo são as ideias onde estão aos sonhos, as utopias e fantasias. É o desejo que faz a pessoa crescer, sonhar e mudar algo. A realidade é a análise que a pessoa tem daquilo que a rodeia e que lhe permite descobrir os problemas que deverão ser enfrentados. O poder é a condição de realizar o desejo a partir do planeamento da acção, ou seja, num sentido mais amplo é a possibilidade de realizar planos. Por fim, vontade é o desejo em processo de realização, isto é, o desejo colocado em acção.
Resumo feito pelo Márcio