quarta-feira, 1 de julho de 2009

RESUMO: Dinâmica de Grupos na Formação de Lideranças

"O ser humano é uma rede, uma porção de buraquinhos amarrados uns aos outros"
O objectivo deste livro é procurar demonstrar um trabalho que tem sido feito para a formação de lideranças. Deste modo, destacam-se neste livro dois aspectos fundamentais a considerar nas dinâmicas de grupo: o papel do formador, nomeadamente a sua proposta de trabalho e o porquê das dinâmicas.
No que respeita ao formador, é essencial que este interfira no processo de aprendizagem dos grupos, funcionando como facilitador, tendo em conta não só a realidade, mas também as emoções dos diferentes elementos do grupo. Cabe ao formador ajudar cada elemento do grupo a interiorizar o conhecimento que já possuí, através de uma relação de troca de conhecimentos, ideias, sonhos e desejos. É também da sua responsabilidade , criar condições para a compreensão e colaboração mútua e a comunicação produtiva, assim como planear situações educativas através de dinâmicas e desenvolver metodologias e critérios pedagógicos específicos para cada grupo, tipo de pessoas e oganização. Assim sendo a proposta do formador será portanto criar uma relação em que cada elemento do grupo posssa colocar-se de forma consciente e crítica diante do mundo, onde a formação nao é mais que uma proposta que procura pela reflexão, atingir o autoconhecimento com o intuito de chegar a um processo de automudança e que envolve um nível teorico e técnico que depende do formador e um último nível que corresponde à experiência e que está dependente do formando.
As dinâmicas de grupo que incluêm o lúdico e o prazer como parte integradora do processo educativo, têm como objectivo proporcionar momentos educativos que permitam ao grupo vivenciar situações inovadoras a todos os níveis. Para isso, é necessário que o clima seja o ideal, que proporcione um grau de relaxamento suficiente de modo a não provocar momentos de tensão dentro do grupo. Estas dinâmicas devem respeitar a vontade dos elementos do grupo de participar ou não na actividade e são utilizadas para vários fins, nomeadamente, para facilitar o relacionamento, a expressão de sentimentos, a confrontação de ideias, estimular os pensamentos analógicos e associativos, caracterizar os tipos de liderança, solucionar conflitos, entre outros mais. Na elaboração de uma actividade educativa com uso de dinâmicas, é importante que o formador já tenha vivenciado as dinâmicas de forma a sentir-se seguro a geri-la posteriormente e que acompanhe o desenrolar da dinâmica, explicando-a e auxiliando o grupo. Para além disto, o formador deve ter em conta as caracteristicas do grupo, as condições operacionais, por exemplo o espaço físico, ter consciência do conteúdo da actividade, por exemplo, os objectivos das diferentes etapas da dinâmica e dar tempo no final de cada dinâmica para que os participantes socializem as emoções, sentimentos, dificuldades e descobertas.
Também na preparação da actividade com recurso a dinâmicas, o formado deve respeitar três momentos específicos, que são, a introdução, onde ocorre a apresentação e a integração do grupo, sendo importante que sejam uilizadas dinâmicas de pouca duração; o desenvolvimento, onde será proposto o tema principal da actividade e onde deverão ser utilizadas dinâmicas que impliquem uma reflexão grupal, sendo mais extensas temporalmente e a conclusão, onde será feita uma síntese final, na qual as dinâmicas utilizadas deverão permitir atitudes avaliativas e de encaminhamento.
Qualquer actividade é importante que seja planeada e pensada, quanto à articulação e planeamento. Desta forma, a base da proposta formativa está situada em quatro conceitos, que influênciam as nossas vidas, as nossas acções. São elas: DESEJO - REALIDADE - PODER - VONTADE.
O desejo são as ideias onde estão aos sonhos, as utopias e fantasias. É o desejo que faz a pessoa crescer, sonhar e mudar algo. A realidade é a análise que a pessoa tem daquilo que a rodeia e que lhe permite descobrir os problemas que deverão ser enfrentados. O poder é a condição de realizar o desejo a partir do planeamento da acção, ou seja, num sentido mais amplo é a possibilidade de realizar planos. Por fim, vontade é o desejo em processo de realização, isto é, o desejo colocado em acção.
Resumo feito pelo Márcio

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